A doença do refluxo gastroesofágico (também chamada de DRGE) é uma condição na qual o refluxo do conteúdo do estômago para o esôfago leva ao aparecimento de sintomas incômodos e complicações.
Embora a azia (sensação de queimação no tórax, a nível do esôfago) e a regurgitação (gofada) sejam as reclamações mais comuns, uma ampla série de outras manifestações são associadas à doença do refluxo, incluindo sensação de entalo, dor à passagem do alimento no esôfago, tosse crônica, chiado, inflamações na laringe, entre outros.
Os fatores de risco para a doença do refluxo incluem idade igual ou superior a 50 anos, tabagismo atual, uso de antiinflamatórios não esteróides, obesidade (IMC >30), baixo nível socioeconômico e sexo feminino.
No exame da endoscopia, o médico poderá escrever, no laudo do exame, a doença de duas formas: esofagite erosiva ou esofagite não-erosiva. A 1ª se refere a presença de feridas na mucosa do esôfago (erosões) e na 2ª forma, essas feridas não existem, mas a mucosa do esôfago encontra-se também com inflamação, contudo com outros sinais endoscópicos.
Como já dissemos anteriormente, o diagnóstico da doença do refluxo na prática é comumente feito com base na presença de sintomas característicos, particularmente azia e regurgitação ácida.
Os pacientes devem ser questionados sobre a frequência, gravidade e duração dos sintomas, se esses sintomas pioram com fatores da dieta, horário dos sintomas e a presença de sintomas associados como dificuldade para a passagem dos alimentos (disfagia) ou dor a passagem dos mesmos (odinofagia), perda de peso, falta de apetite (anorexia), vômitos e hemorragia digestiva alta.
Na ausência de sintomas mais graves, em pacientes jovens (abaixo dos 40 anos), o tratamento antirrefluxo empírico por 2 meses é uma abordagem inicial razoável. Mas na prática do dia a dia, muitas vezes a endoscopia digestiva alta é indicada para a certeza no diagnóstico e avaliação da extensão da inflamação e pesquisar a presença de outros achados tais como hérnia de hiato, alterações inflamatórias outras que levem a necessidade de biópsias. A biópsia esofágica é realizada principalmente para descartar outras doenças da mucosa esofágica, como esofagite eosinofílica ou descartar uma alteração conhecida como esôfago de Barrett (alteração da mucosa esofagiana normal para uma mucosa com propensão maior no desenvolvimento do câncer esofágico). Existem outros exames que o seu médico poderá solicitar tais como a pHmetria e a manometria esofágica.
Os pacientes com doença do refluxo são tradicionalmente tratados com medicamentos da classe dos “inibidores de bomba de prótons”, que são medicamentos que reduzem a produção do ácido cloridrico produzido pelo estômago. O mais conhecido de todos é o Omeprazol, uma medicamento que já existe no mercado farmacêutico há mais de 30 anos. Outros medicamentos que podem vira ser usados já os da classe dos prócineticos, entre eles a Domperidona e a Bromoprida. Não raro, o médico poderá prescrever antiácidos ou outros tipos de drogas tais como o sucralfato que ajudam na proteção contra o ácido refluído do estômago.
Para aqueles pacientes que não respondem ou respondem incompletamente ao tratamento ou têm a doença recorrente após um tratamento bem-sucedido de 8 semanas, podem vir a ser candidatos a cirurigia antirrefluxo.
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