As hepatites virais são um grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. São infecções que atingem o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves. Na maioria das vezes são silenciosas, ou seja, não apresentam sintomas. Entretanto, quando presentes, podem se manifestar como: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras (forma aguda), além de poder evoluir para cirrose e até câncer de fígado (a forma crônica). O diagnóstico preciso e precoce dessas infecções permite um tratamento adequado e impacta diretamente a qualidade de vida do indivíduo, sendo ainda um poderoso instrumento de prevenção de complicações mais frequentes e graves. São causadas por cinco vírus conhecidos por letras do alfabeto: A, B, C, D e E. No Brasil, as hepatites virais mais comuns são causadas pelos vírus A, B e C. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D (mais comum na região Norte do país) e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil, sendo encontrado com maior facilidade na África e na Ásia. As infecções causadas pelos vírus das hepatites B ou C frequentemente se tornam crônicas. Contudo, por nem sempre apresentarem sintomas, grande parte das pessoas desconhecem ter a infecção. Isso faz com que a doença possa evoluir por décadas sem o devido diagnóstico.
O avanço da infecção compromete o fígado sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer e necessidade de transplante do órgão. A transmissão do vírus da hepatite B se dá por contato sexual; uso de objetos cortantes contaminados; uso de drogas ilícitas injetáveis ou durante hemodiálise, além da transmissão mãe-filho, durante o parto. Existe vacina para a hepatite B, eficaz, capaz de gerar proteção para o resto da vida, na maioria das pessoas. Administrada por via intramuscular, em três doses no período de seis meses, ela está disponível pelo SUS, nos postos de saúde. O diagnóstico dessa hepatite é feito por exames de sangue, tanto por punção venosa, como pela punção na ponta do dedo – o teste rápido, também disponível nos postos de saúde. Nos casos em que seja necessário tratamento, o que deverá ser avaliado pelo médico a partir da análise dos exames de sangue específicos, o SUS o fornece de maneira gratuita. Portanto, a hepatite B não tem cura, mas tem prevenção e tratamento, o que evita a evolução para cirrose e câncer. Já a hepatite C, não tem vacina, mas tem tratamento eficaz, totalmente gratuito, levando à cura. Seu diagnóstico é muito fácil, através de coleta de sangue por veia ou pelo sangue da ponta do dedo, no teste rápido, disponível nos postos de saúde.
O ministério da saúde recomenda que pessoas com idade superior a 40 anos ou idade inferior desde que sejam: pessoas vivendo com o HIV; pessoas com múltiplos parceiros sexuais ou com múltiplas infecções sexualmente transmissíveis; trabalhadores (as) do sexo; pessoas em situação de rua; pessoas que receberam transfusão de sangue ou hemoderivados antes de 1992 ou transplantes (em qualquer época); pessoas com antecedente de uso de drogas injetáveis em qualquer época, incluindo aqueles que injetaram apenas uma vez; pacientes ou profissionais da área da saúde que tenham frequentado ambientes de hemodiálise em qualquer época; pessoas com antecedente de exposição percutânea/parenteral a sangue ou outros materiais biológicos em locais que não obedeçam às normas da vigilância sanitária (ambientes de assistência à saúde, tatuagens, escarificações, piercing, manicure, lâminas de barbear ou outros instrumentos perfuro-cortantes); pessoas com antecedente de uso, em qualquer época, de agulhas, seringas de vidro ou seringas não adequadamente esterilizadas, ou de uso compartilhado, para aplicação de medicamentos intravenosos ou outras substâncias lícitas ou ilícitas recreativas (vitamínicos, estimulantes em exatletas, etc.); pacientes com diagnóstico de diabetes; pacientes com histórico de doença no fígado sem diagnóstico ou com elevações dos testes hepáticos (ALT e/ou AST); pacientes com antecedente de doença renal. A estimativa é que milhares de pessoas estejam infectadas e não o saibam. A testagem é a única forma de diagnóstico.
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