A cirrose é o estágio final de uma doença crônica do fígado.

A agressão continuada ao fígado pode se dar por diversos fatores: álcool, vírus, drogas, doenças autoimunes, doenças chamadas de metabólicas ou até mesmo ter causa desconhecida.

A princípio as queixas iniciais dos pacientes com cirrose podem não chamar muita atenção: cansaço, perda do desejo sexual, emagrecimento, irregularidades menstruais são relatos pouco valorizados.

Alterações que chamam a atenção dos médicos ou familiares mais atentos são: icterícia (olhos amarelados), ginecomastia (aumento das mamas em homens), angiomas cutâneos (pequenos pontos avermelhados na pele do tórax), anormalidades nos exames de sangue (TGO, TGP, gama-gt, tempo e atividade da protrombina). Com o evoluir da doença outras queixas serão relatadas: aumento do volume do abdome (ascite), vômitos com sangue (hematêmese), sangue nas fezes (melena), alteração do nível de consciência (encefalopatia).

O único tratamento realmente efetivo para a cirrose é o transplante do fígado. Infelizmente esta modalidade de tratamento é muito cara e está disponível em grandes centros de referência. Na maioria das vezes o tratamento do paciente é meramente de suporte, tentando controlar as crises agudas. O paciente deve obrigatoriamente ficar longe do álcool. Alguns medicamentos podem ser úteis para tratar a ascite e a encefalopatia. O vômito com sangue é uma urgência médica obrigando a internação hospitalar e a endoscopia de urgência.